sábado, 17 de novembro de 2012

Simulados de Questões de Português para Concurso Público



QUESTÕES DE PORTUGUÊS DA  PROVA DO CONCURSO DA ALGÁS - COPEVE


O texto a seguir servirá de base para as questões de 1 a 4.

Somos gente

Decretaram que pessoas com mais de sessenta anos merecem alguns benefícios.
Há mais tempo decretaram que negro era gente. Há menos tempo que isso decretaram que mulher também era gente, pois podia votar. Mas voltando aos com mais de sessenta: decretaram coisas que deveriam ser naturais numa sociedade razoável. Não as vejo como benefícios, mas como condições mínimas de dignidade e respeito. Benefício tem jeito de concessão, caridade. Coisas como não lhes cobrarem mais pelo seguro saúde porque
estão mais velhos, na idade em que possivelmente vão de verdade começar a precisar de médico, remédio, hospital, não deveriam ser impostas por decreto.
Decretaram também que depois dos sessenta as pessoas podem andar de graça no ônibus e pagar meia entrada no cinema. Perceberam, pois, que após os sessenta as pessoas
ainda se locomovem e se divertem. Pensei que achassem que nessa altura a gente ficasse inexoravelmente meio inválido e...invalidado. Que sociedade esquisita esta nossa, em que é preciso decretar que em qualquer idade a gente é gente. [...] LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 137 (Fragmento).

1. A respeito do texto acima, assinale a opção incorreta.

A) O texto é uma crônica, gênero textual do tipo narrativo, e focaliza um engajamento da autora com o social.
B) O fato narrado no texto retrata aspecto da nossa realidade: a criação de certos decretos.
C) O fato cotidiano retratado no texto é a invenção de decretos, em especial aqueles que concedem benefícios às pessoas acima de sessenta anos.
D) No texto, o narrador dá algumas opiniões sobre o fato abordado, mostrando ser desnecessária a criação de quaisquer decretos.
E) A temática textual revela a inquietação da autora diante do comportamento da sociedade.

2. Assinale a opção que apresenta a opinião do narrador do texto acerca da concessão de benefícios aos que têm mais de sessenta anos.

A) Todos os benefícios concedidos por decretos deveriam ser direcionados apenas ao cidadão jovem.
B) Os decretos que concedem benefícios ao cidadão idoso são inexoravelmente inválidos.
C) Os benefícios parecem um ato de bondade, de caridade, e não um direito do cidadão idoso.
D) Os decretos são invalidados, uma vez que os benefícios são concedidos a quem não os merece.
E) Os benefícios aos idosos representam sempre atos de bondade, de caridade, porém eles (os cidadãos idosos) não têm direitos.

3. Dadas as afirmações abaixo com relação aos vocábulos destacados no fragmento “Pensei que achassem que nessa altura a gente ficasse inexoravelmente inválido e... invalidado”,

I. Ao empregar o vocábulo “inválido”, a característica atribuída ao ser parece natural, inerente.
II. Com o vocábulo “invalidado”, que denota uma voz passiva, a característica ao ser parece ter sido dada, gerada ou causada por outrem.
III. Ao empregar o particípio “invalidado”, a autora pretende enfatizar que a sociedade “invalida” o idoso, colocando-o de lado, menosprezando-o.
IV. A autora enfatiza que o cidadão não é invalidado por ser idoso, mas pelo fato de a sociedade o “invalidar”. verifica-se que está(ão) correta(s)

A) I, II, III e IV.
B) I, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III, apenas.

4. Nas orações seguintes,

I. “Há menos tempo...”
II. “... como não lhes cobrarem...”
III. “Decretaram também...”

qual a correta classificação do sujeito em cada uma?

A) I – simples; II – simples; III – indeterminado.
B) I – oração sem sujeito; II – simples; III – indeterminado.
C) I – oração sem sujeito; II – indeterminado; III – simples.
D) I – simples; II – composto; III – oração sem sujeito.
E) I – oração sem sujeito; II – indeterminado; III – indeterminado.

O texto a seguir servirá de base para as questões de 5 a 7.

Paciência

Lenine/Dudu Falcão/Mameluco

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso faço hora,
Vou na valsa
A vida é tão rara

CD Lenine Acústico MTV, 2006.

*5. Dadas as afirmações seguintes sobre a letra da canção,

I. A mensagem, na letra da canção, revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras; assim, a função da linguagem que predomina é a denotativa.F
II. O texto revela um jogo de ideias: oposição entre a pressa do dia a dia, “a vida não para”, e a necessidade de calma, “um pouco mais de calma”. Dessa forma, há ênfase na mensagem – uso da função poética da linguagem. 
III. O emissor do texto teve a intenção de falar objetivamente sobre algo do mundo exterior. Nesse caso, utilizou a função referencial da linguagem. 
IV. Em “Enquanto o tempo acelera” (1º verso/2ª estrofe), a conjunção “enquanto” expressa o mesmo valor semântico que “conquanto”.
V. Em “E pede pressa” (2º verso/2ª estrofe), o conectivo aditivo poderia ser substituído por “mas também”, sem prejuízos semânticos. 

verifica-se que estão corretas

A) I e III, apenas.
B) I, II, III, IV e V.
C) II e V, apenas.
D) IV e V, apenas.
E) II, III e IV, apenas.

*6. Nas frases: “Mesmo quando tudo pede” (1º verso/ 1ª estrofe), “Até quando o corpo pede” (3º verso/ 1ª estrofe),
“Enquanto o tempo acelera” (1º verso/ 2ª estrofe), os elementos de coesão destacados expressam, respectivamente, ideias de

A) tempo, tempo, concessão.
B) concessão, concessão, tempo.
C) concessão, tempo, adversidade.
D) adversidade, proporcionalidade, concessão.
E) tempo, proporcionalidade, concessão.

7. Indique a opção correta quanto à colocação pronominal, considerando o 3º verso da 2ª estrofe (“Eu me recuso faço hora”).

A) O pronome oblíquo átono encontra-se enclítico, conforme a norma da língua escrita orienta.
B) Empregou-se a colocação proclítica do pronome oblíquo átono, pelo mesmo motivo por que ela foi empregada em: ”Fui eu quem te ajudou”.
*C) Se o pronome pessoal oblíquo fosse colocado depois do verbo “recuso”, uma infração da norma culta ocorreria.
D) No verso, pode-se utilizar o pronome átono tanto proclítico como enclítico, uma vez que há um pronome pessoal do caso reto, não precedido de palavra atrativa.
E) Há, no verso, uma locução verbal, a qual admite que se coloque o pronome oblíquo em posições diferentes.

O texto a seguir servirá de base para a questões 8 e 9.

Muitos países vivem da venda de matérias-primas, petróleo, minério, recursos não renováveis que, com o tempo, diminuirão e, eventualmente, desaparecerão. E, depois, o que esses países farão? Para ter outra fonte de receita, essas nações devem tentar desenvolver novos setores da economia e fabricar produtos tecnológicos que consigam vender – podem até
ser produtos agrícolas, mas que exijam uso da tecnologia. Os países que fizerem isso encontrarão formas de dar um bom padrão de vida a todas as pessoas. Acredito que o
empreendedorismo tecnológico é o caminho para manter a paz no mundo, porque as pessoas que trabalham duro para ganhar mais não querem desperdiçar isso numa guerra. Os países que não fizerem isso não prosperarão. Eles correm o risco de ver a qualidade de vida cair. Muitos desses países, em algum momento, começarão a desmoronar, e milhões de pessoas começarão a emigrar para as nações mais ricas. Como lidar com essa visão melancólica do futuro? Podemos resolver isso ao incentivar e ensinar o empreendedorismo tecnológico. Para que os cidadãos numa nação dediquem sua capacidade intelectual a
projetar, fabricar e vender produtos inovadores, é necessário que o país crie condições certas. Entre elas, encorajar a formação de engenheiros e cientistas, e encorajá-los a empreender.
Dan Shechtman. Revista Época, 23 jul. 2012, p. 77.

8. Com relação as orações em destaque nas transcrições abaixo,

I. “[...] recursos não renováveis que, com o tempo, diminuirão [...]”
II. “[...] e fabricar produtos tecnológicos que consigam vender [...]”
III. “Os países que fizerem isso encontrarão formas [...]”
IV. “Acredito que o empreendedorismo tecnológico é o caminho [...]”
V. “[...] porque as pessoas que trabalham duro para ganhar mais [...]”

é correto dizer:

A) todas são subordinadas substantivas.
B) todas são subordinadas adjetivas.
C) somente I, II e III são subordinadas adjetivas.
D) com exceção de IV, que é uma oração absoluta, todas as outras são adjetivas.
E) com exceção de IV, que é uma oração subordinada substantiva, as demais são adjetivas.

9. Considerando as substituições do verbo “criar” na frase: “É necessário que o país crie as condições certas”, assinale a opção em que se empregou indevidamente a regência
verbal.

*A) [...] que o país vise às condições certas.
B) [...] que o país proceda às condições certas.
C) [...] que o país precise das condições certas.
D) [...] que o país aspire às condições certas.
E) [...] que o país acate às condições certas.

Baseie-se no texto abaixo para responder à questão 10.

Gastronomia ― Japão vende o melão mais caro do mundo

As frutas são um luxo no Japão, e os melões Yubari são a joia da coroa. A primeira colheita é vendida em leilão, onde o valor de cada unidade pode alcançar várias centenas de dólares.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/multimidia/. 19 jul. 2012. Acessado em 2012-07-25.

10. Marque, entre as opções que seguem, apenas a que está errada.

A) A vírgula antes da conjunção aditiva, na 2ª oração do texto, justifica-se porque a oração iniciada por essa conjunção apresenta sujeito diferente da primeira oração do período.
B) Nos dois momentos em que aparece, no primeiro período do texto, o verbo “ser” tem a mesma função sintática.
C) Em: “As frutas são um luxo...”, aceita-se acomodar o verbo “ser” à flexão do predicativo (As frutas é um luxo...).
D) A locução verbal “pode alcançar” deveria estar pluralizada, a fim de concordar com o sujeito simples “várias centenas de dólares”.
E) A locução verbal “pode alcançar” encontra-se, no texto, singularizada, concordando com o sujeito simples, cujo núcleo é “valor”

QUESTÕES DE PORTUGUÊS DO CONCURSO DE DELMIRO GOUVEIA - COPEVE


As questões 01 a 03 referem-se ao texto seguinte.

“Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a 
expansão de duas formas, pode determinar a supressão de 
uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida,

porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência 
da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e 
comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. 
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As 
batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que 
assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra 
vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas 
tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam 
a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, 
nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma 
das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a 
alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas 
públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a 
guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a 
dar-se, pelo motivo real de que o homem somente 
comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo 
motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma 
ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou 
compaixão; ao vencedor, as batatas.” 
(Machado de Assis)





01. Dadas as proposições seguintes,

I. Segundo o autor, a morte não existe porque a 
inexistência de uma vida é a condição para que outra 
vida permaneça.

II. Pelo exemplo citado no texto, entende-se que é preciso 
haver a guerra para a continuação da vida. Se somente 
existisse a paz, faltariam suprimentos para a

manutenção da vida.
III. A ideia central do texto é expressar a necessidade de 
sobrevivência do indivíduo.

indique a alínea correta.

A) Há duas proposições verdadeiras.
B) Há duas proposições falsas.
C) Há apenas uma proposição verdadeira.
D) As três proposições são verdadeiras.
E) As três proposições são falsas.

02. Ao desenvolver o período “Ao vencido, ódio ou compaixão; 
ao vencedor, as batatas” (linhas 21-22), a melhor redação é:




A) Ao que foi vencido, tem-se ódio ou compaixão; ao que 
venceu; dá-se as batatas.

B) Aquele que perdeu, ódio ou compaixão; aquele que venceu, 
as batatas.

C) Aquele que foi vencido, ódio ou compaixão; aquele que 
venceu, as batatas.

D) Ao que foi vencido, ódio ou compaixão; ao que venceu, as 
batatas.

E) Àquele que perdeu, tem-se ódio ou compaixão; àquele que 
venceu, dá-se as batatas.




03. Assinale a alínea correta quanto às proposições seguintes.

I. As expressões de duas expansões  e de duas 
formas  são adjuntos adnominais.

II. O termo morte  é predicativo.
III. A expressão “um campo de batatas e duas tribos 
famintas”  é objeto direto.

IV. O conetivo que introduz uma oração adjetiva.
V. A expressão a destruição  é adjunto 
adnominal.




A) As proposições I, II e V são verdadeiras.
B) As proposições III e IV são verdadeiras.
C) As proposições II, IV e V são falsas.
D) As proposições I, II, III e IV são verdadeiras.
E) As proposições III, IV e V são falsas.

04. Indique a alínea que completa adequadamente as lacunas 
do texto seguinte, quanto ao emprego do acento grave.

“Trata-se de uma questão política que diz respeito ___
soberania e ___ integridade territorial da China. ___ parte
chinesa se opõe de maneira veemente ___ permissão concedida
por países amigos ___ visita de Dalai Lama.”
(Época, 24 abr. 2006)

A) a – a – A – à – à
B) à – à – À – a – a
C) a – à – A – à – a
D) à – à – A – à – à
E) à – a – À – a – à

As questões 05 e 06 referem-se ao texto abaixo.

“O homem gosta de abrir e criar estradas, isto é 
indiscutível. Mas não será isso porque teima instintivamente 
em atingir o objetivo e completar o edifício em construção? 
Como podeis sabê-lo? Talvez ele ame o edifício apenas à 
distância e nunca de perto; talvez ele ame apenas criá-lo, e 
não viver nele.

(O palácio de cristal, de Dostoievski)

05. Diz o autor do texto: “talvez ele ame apenas criá-lo, e não 
viver nele” (linhas 5-6), o que também é possível dizer que




A) ele, talvez, sinta-se bem com a construção do edifício, 
todavia, não ame estar nele.

B) o homem não ama criar o edifício, porque não ama viver 
nele.

C) ele, talvez, ame a construção do edifício, pois não quer viver 
nele.

D) o homem constrói o edifício, mas não mora neles.
E) ele, talvez, ame o ato de construir o edifício, portanto, não 
ame viver nele.





06. Algumas partes do texto podem ser escritas de outra forma, 
sem mudar o sentido, exceto em:





A) Teima instintivamente em chegar à sua meta.
B) O homem tem necessidade de abrir e criar estradas
.


C) Talvez, ele o ame apenas à distância.
D) Não se discute o prazer do homem em abrir e criar estradas
.


E) Talvez, ele esteja satisfeito apenas em criá-lo.

07. Baseando-se no texto seguinte, assinale a alínea que 
apresenta uma informação verdadeira quanto à análise 
sintática.



“Dias atrás, Paulo Coelho botou o ponto final em A 
bruxa de Portobello, seu novo romance, que sairá em 
novembro em todo o mundo. É o primeiro de Coelho para a


editora espanhola Planeta, que meses atrás comprou seu 
passe numa transação milionária. O livro gira em torno da 
intolerância religiosa enfrentada pela protagonista, Athena. 
Foi escrito com base em depoimentos de pessoas que 
conheceram a “bruxa”, uma órfã adotada por uma família 
libanesa que emigrou para a Inglaterra por causa da guerra 
civil em seu país. Na história, que se passa entre 1973 e 
1994, a personagem principal não aparece em momento 
algum – exceto nas descrições feitas pelos que a 
conheceram. Coelho passa os próximos dias dando uma 
lida final nos originais antes de entregá-los à Planeta.” 
(Veja, 12 abr. 2006)





A) A expressão seu novo romance é o aposto do 
objeto indireto em A bruxa de Portobello, pois 
está ampliando o sentido desse objeto.


B) O pronome indefinido que, nas linhas, possui a 
função sintática de sujeito.


C) A expressão em torno da intolerância religiosa 
tem função sintática de objeto indireto.


D) A expressão à Planeta tem função sintática de 
complemento nominal.


E) O verbo aparecer é transitivo indireto.

08. Indique a alternativa que contém o período bem construído, 
de acordo com a norma culta.





A) É preciso que todos conscientizem-se que políticos e 
empresários não se preocupam em dar soluções aos 
grandes problemas do país.


B) Tal situação pede por ações políticas trabalhistas, onde 
hajam verdadeiramente geração de emprego, reativação 
econômica e educacional.


C) O lado negativo de certos filmes é aquele que pode 
estimular crianças a violência.


D) Através das novelas passa-se padrões e conceitos errados, 
atitudes e valores inadequados onde não há necessidade de 
pensar.


E) A televisão é um dos meios de comunicação mais 
abrangentes, pois, nela, há assuntos diversificados que 
agradam a todos os telespectadores.





As questões 09 e 10 referem-se ao texto abaixo.

A taxa de desemprego das seis principais regiões 
metropolitanas do país subiu para 10,1% da população 
economicamente ativa em fevereiro, segundo dados


divulgados pelo IBGE. 
Em janeiro, o indicador já havia subido para 9,2% em 
razão do aumento na procura por trabalho no início do ano e 
da redução da oferta de vagas temporárias. Já a renda do 
trabalhador subiu de R$ 999,06 em janeiro para R$ 999,80


em fevereiro, uma alta de 1,1%. 
Tradicionalmente, a taxa de desemprego sobe nos


primeiros meses do ano com a dispensa dos trabalhadores 
temporários.


Entre janeiro e fevereiro, o contingente de ocupados 
ficou estável, o que representa cerca de 19,9 milhões de 
postos de trabalho a menos.


O rendimento médio cresceu em fevereiro 
principalmente por causa do avanço de 3,3% registrado na 
região metropolitana de São Paulo de janeiro para fevereiro.


O aumento foi provocado por dissídios salariais maiores,
inflação mais baixa e crescimento do emprego formal, de 
acordo com o IBGE.


Em São Paulo, região de maior peso na pesquisa, a 
renda média foi estimada em R$ 1.155,00. Na média das 
seis regiões pesquisadas, o rendimento também cresceu em


relação a fevereiro de 2005 – alta de 2,5%, a oitava 
consecutiva na base anual de comparação. 
(Gazeta de Alagoas, 24 mar. 2006)





09. O 3º parágrafo pode ser entendido da seguinte forma:

A) Os trabalhadores temporários são dispensados nos 
primeiros meses do ano, em função da grande oferta de 
vagas.


B) Se há emprego temporário, a taxa de desemprego aumenta 
nos primeiros meses do ano, porque essas vagas são 
eliminadas.


C) Sempre há desemprego nos primeiros meses do ano, 
porque o mercado de trabalho é composto basicamente de 
vagas temporárias.


D) Comumente, os trabalhadores temporários perdem seus 
empregos nos primeiros meses do ano. Isso justifica o 
aumento da taxa de desemprego.


E) Às vezes, o desemprego aumenta nos primeiros meses do 
ano, porque se trata de vagas temporárias.





10. Observando aspectos gramaticais do texto, encontram-se 
informações corretas em





I. Dos seis parágrafos do texto, apenas dois não se 
iniciam por adjunto adverbial.


II. Os adjetivos estável  e formal são 
adjuntos adnominais.


III. As palavras registrado e provocado 
têm o mesmo objetivo: iniciar orações reduzidas de 
particípio.


IV. O verbo haver não é impessoal, portanto, se a 
palavra indicador estivesse no plural, estaria correta a 
forma haviam subido.





A) l, ll e lV.
B) ll, lll e lV.
C) lll e lV.
D) l e lll.
E) l e lV.


As questões de 11 a 15 referem-se ao texto abaixo.

“Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na 
choupana daquele velho caboclo do Acre? A gente tinha ido 
pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés 
na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos



bem cansados, meio molhados, com frio, subimos o 
barranco, no meio do mato e chegamos à choça de um 
velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um



pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede 
branca – foi um carinho ao longo de todos os músculos 
cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe



moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em 
comer aquele peixe, que calor bom tomar aquela cachaça e 
ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes 
de animais noturnos.” 
(200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga)




11. “Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na 
choupana daquele velho caboclo do Acre?” Sobre o período, 
quais informações são verdadeiras?






I. A palavra daquele indica que o autor do texto se 
encontra à distância do caboclo e do momento em que 
fora pescar no Acre.



II. O verbo dar traz, na frase, dois complementos: me é 
objeto indireto e o prazer é objeto direto.



III. “que tive na choupana.” A palavra em negrito é um 
complemento verbal.



IV. O substantivo prazer tem a função de núcleo do 
sujeito.






A) l, ll e lV.
B) ll, lll e lV.
C) lll e lV.
D) l, ll e lll.
E) l e lV.

12. “Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, 
subimos o barranco, no meio do mato e chegamos à choça 
de um velho seringueiro.” Que outra forma pode ser dada a 
esse fragmento?






A) À choça de um velho seringueiro, chegamos, meio 
molhados, com frio, cansados, no meio do mato, e subimos 
o barranco.



B) Quando estávamos bem cansados, molhados e com frio, 
subimos ao barranco e chegamos a casa de um velho 
seringueiro.



C) No meio do mato, já bem cansados, meio molhados e com 
frio, subimos o barranco e encontramos a choça de um 
velho seringueiro.



D) Já bem cansados, meio molhados e com frio, no meio do 
mato, chegamos ao barranco e fomos à choça de um velho 
seringueiro.



E) Quando ficamos bem cansados, meio molhados e com frio, 
no meio do mato, subimos o barranco e fomos para à choça 
de um velho seringueiro.






13. Observe: “Ele me deu um pedaço de peixe moqueado.” 
Equivale a dizer também: Ele me deu um pedaço de peixe 
assado. Em qual das sentenças abaixo a modificação não é 
adequada?






A) Entre pirilampos e vozes afastadas de animais noturnais.
B) Entre grilos e vozes ao longe de animais noctívagos. 
C) Subimos a barranca no meio do mato.
D) Depois me deitei numa grande rede alva.
E) Foi um afago ao longo de todos os músculos.

14. “[...] que calor bom tomar aquela cachaça”. Se a 
frase fosse escrita sem o pronome demonstrativo, quais 
alterações sofreria?






A) Sofreria apenas alterações de ordem estrutural, já que os 
pronomes demonstrativos não caracterizam os termos mais 
próximos.



B) Sem o pronome demonstrativo, a frase teria um sentido 
generalizado, quer dizer, não haveria ênfase no ato de 
tomar uma certa caneca de cachaça, mas tomar cachaça.



C) Seriam alterações gramaticais. Por exemplo, se o pronome 
fosse substituído por um artigo, haveria também a 
necessidade de uma preposição, pois o verbo tomar é



transitivo indireto.
D) Seriam alterações de significado, ou seja, o sentido original 
da palavra cachaça estaria subvertido; naturalmente, 
apontaria para outra idéia de bebida ou de tempo.



E) Sem o pronome demonstrativo, a frase perderia o núcleo do 
objeto direto; portanto, estaria incompleta.






15. Algumas partes do texto foram transcritas abaixo com 
algumas alterações. Numa delas ocorreu uma inadequação 
à norma culta da língua. Identifique-a.






A) E, então, ele me deu um pedaço de peixe moqueado.
B) Na noite escura, puxamos a rede, afundando os pés na 
lama, e isso era bom.



C) Numa grande rede branca, depois deitei-me.
D) E ficar algum tempo entre grilos e vozes distantes, 
conversando.



E) Que restaurante ou boate deu-me o prazer que tive na 
choupana.






GABARITO EM BREVE




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